VIVA O FOLCLORE DE PEDRO VELHO
No dia 22 de agosto é celebrado o dia nacional do FOLCLORE. Podemos definir folclore como o conjunto de costumes, lendas, provérbios, manifestações artísticas em geral, preservado por um povo ou grupo populacional, por meio da tradição oral; populário. Ciência das tradições, dos usos e da arte popular de um país ou região; demologia, demopsicologia, populário.
Nesse dia tão especial para o imaginário popular brasileiro jamais poderíamos deixar de lembrar da rica cultura que ainda resiste e vive em Pedro Velho.
CHICO ANTÔNIO
Falar de cultura, falar de folclore é falar do ilustríssimo eterno CHICO ANTÔNIO. Embolador de Coco, FRANCISCO ANTÔNIO MOREIRA (o Chico Antônio) nasceu no dia 29 de setembro de 1904, na cidade de Pedro Velho, e faleceu no dia 15 de outubro de 1993. Chegou a cantar para o poeta modernista Mário de Andrade, esse encontro onde foi registrado no livro "o turista aprendiz".
Em 1979, o estudioso do folclore brasileiro Deífilo Gurgel, em viagem ao Rio Grande do Norte, em pesquisa para a Fundação José Augusto, tomou conhecimento da existência de um cantador de cocos que parecia ser o lendário Chico Antônio, registrado por Mário de Andrade. Foi então até Pedro Velho e confirmou a informação. Levou então o cantador para Natal, onde este se apresentou em congressos e festivais, além de conceder entrevistas para diversos jornalistas e estudiosos. Em 1982, um convênio entre o Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro e a Funarte, possibilitou a gravação do único registro fonográfico do mestre coqueiro. A gravação ocorreu nos dias 26 e 28 de agosto daquele mesmo ano, na casa de Chico Antônio e na do seu filho. Foram registradas nove composições, todas de autoria de Chico Antônio e Paulírio, entre as quais "Boi tungão", "Onde vais, Helena", "Curió da beira-mar" e "Vou no mar". Em 1983 apresentou-se no programa "Som Brasil", da TV Globo, apresentado por Rolando Boldrin. Por tudo isso CHICO ANTÔNIO é considerado um dos maiores emboladores de coco do BRASIL.
Imagem: Chico Antônio;
Nesse dia tão especial para o imaginário popular brasileiro jamais poderíamos deixar de lembrar da rica cultura que ainda resiste e vive em Pedro Velho.
CHICO ANTÔNIO
Falar de cultura, falar de folclore é falar do ilustríssimo eterno CHICO ANTÔNIO. Embolador de Coco, FRANCISCO ANTÔNIO MOREIRA (o Chico Antônio) nasceu no dia 29 de setembro de 1904, na cidade de Pedro Velho, e faleceu no dia 15 de outubro de 1993. Chegou a cantar para o poeta modernista Mário de Andrade, esse encontro onde foi registrado no livro "o turista aprendiz".
Em 1979, o estudioso do folclore brasileiro Deífilo Gurgel, em viagem ao Rio Grande do Norte, em pesquisa para a Fundação José Augusto, tomou conhecimento da existência de um cantador de cocos que parecia ser o lendário Chico Antônio, registrado por Mário de Andrade. Foi então até Pedro Velho e confirmou a informação. Levou então o cantador para Natal, onde este se apresentou em congressos e festivais, além de conceder entrevistas para diversos jornalistas e estudiosos. Em 1982, um convênio entre o Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro e a Funarte, possibilitou a gravação do único registro fonográfico do mestre coqueiro. A gravação ocorreu nos dias 26 e 28 de agosto daquele mesmo ano, na casa de Chico Antônio e na do seu filho. Foram registradas nove composições, todas de autoria de Chico Antônio e Paulírio, entre as quais "Boi tungão", "Onde vais, Helena", "Curió da beira-mar" e "Vou no mar". Em 1983 apresentou-se no programa "Som Brasil", da TV Globo, apresentado por Rolando Boldrin. Por tudo isso CHICO ANTÔNIO é considerado um dos maiores emboladores de coco do BRASIL.
Imagem: Chico Antônio;
BOI DE REIS DO CUITÉ
Luz elétrica não tinha e, portanto, televisão. Era um único clarão cortando as noites: três homens, cada qual segurando uma velha lamparina acesa, metidos nuns ternos estropiados e com chapéu de couro — a cara preta que parecia carvão —, se enfiavam no meio do mato cantando, dançando e fazendo careta. Uns moços bem enfeitados, iam atrás, acompanhando o rabequeiro e os tocadores de pandeiro e triângulo que se somavam ao grupo. E tinha mais a figura de um boi sacolejante, a rodar e ir pra frente e pra trás. Quase toda noite, aquela brincadeira que lembra uma mistura de circo, dança, teatro de rua e carnaval saía do sítio Bocas, na comunidade rural de Cuité, pertencente ao município de Pedro Velho-RN, e adentrava as comunidades naqueles rincões; ganhava a estrada e ia dar na Paraíba. O Boi-de-Reis de Cuité levava luz e alegria à toda gente ali, antes da eletricidade. E assim surgiu o Boi de Reis do Cuité, se mantendo vivo ao longo dos anos, hoje tem como coordenador o professor Marscos Teixeira. O Boi-de-Reis de Cuité sobrevive há quatro gerações em duas famílias de agricultores de Pedro Velho. O folguedo, dizem os estudiosos, tem origem no Nordeste do século 18, associado à criação de gado. Como o nome, a formação varia de acordo com o lugar. O Boi de Cuité é considerado um dos mais originais do Brasil. Daí, sua grande importância. Reconhecido por diversos escritores, o pesquisador de cultura popular Deífilo Gurgel, exaltou a originalidade do Boi de Reis de Cuité, colocando-o como um dos mais importantes do Brasil. A chama cresceu um pouco mais. No ano seguinte, um careca de óculos, de lugar ainda mais distante, pisou na terra do coquista Chico Antônio para conhecer o boi e difundi-lo além do Rio Grande do Norte. O antropólogo Hermano Vianna, irmão do roqueiro Herbert Vianna, documentou o grupo folclórico de Cuité para o projeto multimídia Música do Brasil. Junto com o Boi Mamão de Santa Catarina, o Cavalo Marinho de Pernambuco, o Boi Bumbá do Pará e o Bumba-meu-Boi do Maranhão, o Boi-de-Reis de Cuité/Pedro Velho ganhou o mundo por meio de livro, site e documentário em fita VHS (ainda não existia DVD). É por isso que hoje o BOI DE REIS DO CUITÉ é patrimônio vivo da humanidade.
Vídeo: Apresentação do Boi de Reis;
MACULELÊ
Maculelê é uma manifestação cultural oriunda cidade de Santo Amaro da Purificação – Bahia, berço também da capoeira. É, atualmente, uma expressão teatral que conta, através da dança e dos cânticos, a lenda de um jovem guerreiro, que sozinho conseguiu defender sua tribo de outra tribo rival usando apenas dois pedaços de pau, tornando-se o herói da tribo. Em sua origem, o maculelê foi uma arte marcial armada, que nos dias de hoje se preserva na simulação de uma luta tribal usando como arma dois bastões, chamados de grimas (esgrimas), com os quais os participantes desferem e aparam golpes no ritmo da música em línguas africanas, indígenas e portuguesa. Em um grau maior de dificuldade e ousadia, pode-se dançar com facões em lugar de bastões, o que causa um bonito efeito visual pelas faíscas que saem a cada golpe. Esta dança é muito associada a outras manifestações culturais brasileiras, como a capoeira e o frevo. O grupo de capoeira CORDÃO DE OURO há alguns anos trouxe o maculelê para Pedro Velho. comandado pelo mestre LEGO E sua esposa JOELMA, o grupo Maculelê de Pedro Velho produz não só belas apresentações, como também mantém viva a cultura de nossa cidade. Composto por jovens pedrovelhenses o grupo fortifica o imaginário das pessoas e com suas apresentações enaltece a importância da Cultura no nosso município.
Vídeo: Apresentação do Maculelê;
E assim nossa cultura ainda permanece viva, mesmo com a adversidade dos tempos modernos e a limitada valorização da cultura. PARABÉNS E VIVA A CULTURA PEDROVELHENSE!!
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